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Raça: Mangalarga Marchador

Mangalarga Marchador

Origem: Brasil

Altura: 1,47 a 1,57m

Pelagem: tordilha, castanha, alazã e ruã.

Destacam-se sua cabeça longa e seus olhos escuros, grandes e inteligentes. A espádua é obliqua, e a cernelha, saliente. Seu dorso é curto, seu lombo forte, e sua garupa arredondada e musculosa, com a cauda de inserção baixa. Suas pernas são longas e resistentes.

Um cavalo de sela excelente para passeios e cavalgadas, o mangalarga marchador também se sai muito bem em provas de enduro e resistência.

Esse elegante cavalo de sela brasileiro possui uma marcha única e, provavelmente, a mais confortável do mundo: o cavaleiro praticamente não sente o impacto de suas passadas pois, na maior parte do tempo, o animal mantém três pernas apoiadas no solo, em vez de duas. O mangalarga marchador desenha no ar um semi-círculo com os membros anteriores, e usa os posteriores como uma alavanca alternando os apoios no sentido diagonal e lateral, sempre suavizados por um tempo intermediário, o tríplice apoio. A andadura genuína do mangalarga marchador possui outras características essenciais. Dócil e ativo, ele pode ser montado por pessoas de qualquer faixa etária e nível de equitação. Sua lendária resistência o faz ser capaz de completar longas distâncias e enfrentar com inteligência os desafios do percurso. Sua rusticidade faz dele uma opção de fácil manejo, adaptável a qualquer tipo de clima e relevo.


Uma breve história

A origem da raça mangalarga se deu há cerca de duzentos anos, na Comarca do Rio das Mortes, no sul de Minas, por meio do cruzamento de cavalos da raça alter – trazidos da Coudelaria de Alter, em Portugal – com cavalos selecionados pelos criadores da região.

A base de formação dos cavalos alter é a raça espanhola andaluz, originada de cavalos germânicos, berberes e nativos da península Ibérica. Os cruzamentos entre essas raças e também entre cavalos puro sangue ingleses, árabes e anglo-árabes, deram origem a animais elegantes, belos, resistentes, de temperamento dócil e adequados à montaria.

Os primeiros exemplares alter chegaram ao Brasil com dom João VI e a família real, em 1808. A prestigiosa Coudelaria de Alter tinha sido criada em 1748 por dom João, e seus produtos eram cobiçados por príncipes e nobres europeus.

Nessa época, Minas Gerais já se destacava como centro criador de equinos, e a chegada dos cavalos da raça alter certamente ajudou a aprimorar seus criatórios. A Comarca do Rio das Mortes não possuía nenhum potencial para a mineração de ouro, mas chamou a atenção dos colonizadores devido à abundância de água e pastagem, ideal para a criação dos animais.

O mangalarga teve como berço a fazenda Campo Alegre, no sul de Minas Gerais, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem foi atribuída a responsabilidade pela formação da raça. Seu sobrinho, José Frausino Junqueira, também foi um importante criador da raça mangalarga.


O nome da raça

Muitas histórias são contadas para explicar o nome da raça, porém , a mais provável conta que um fazendeiro próspero, proprietário de uma fazenda chamada Mangalarga, no Rio de Janeiro, teria ficado impressionado com os cavalos da família Junqueira, e adquirido alguns exemplares para passeios elegantes na Corte. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do sul de Minas, aonde as pessoas se dirigiam, perguntando sobre os notáveis cavalos da fazenda Mangalarga. O nome marchador, obviamente, foi acrescentado em função da marcha peculiar do animal. No estado de São Paulo, desenvolveu-se um novo tipo de mangalarga com uma outra andadura característica, também confortável: a marcha trotada.

Registro

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) foi fundada em 1949, em Belo Horizonte. Ela é autorizada pelo Ministério da Agricultura para fazer o controle e o registro dos animais da raça. Diante da constatação de paternidade e maternidade entre o nascimento e os 36 meses de idade, os potros recebem o Registro Provisório. Após os três anos de idade, os cavalos são submetidos a uma avaliação pelos técnicos da ABCCMM, que determinam se estão dentro do padrão da raça. Se estiverem, recebem o Registro Definitivo.

A Associação já cadastrou mais de trezentos mil animais, sendo os estados com maiores populações Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Espírito Santo. Além disso, o cavalo é exportado para o Uruguai, Peru, Estados Unidos e vários países europeus.



Fonte: Enciclopédia Larousse dos Cavalos 

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