Segurança, economia, praticidade e beleza são o que vale quando escolhemos um Sistema de Cercas.
Optar por um sistema de cercas, por mais simples que possa parecer, é fator de muita importância, exigindo atenção e cuidado do criador. Parte fundamental no manejo da criação, as cercas constituem um investimento, cujos custos e benefícios oscilam com as vantagens e desvantagens oferecidas pelos materiais empregados na sua construção. Por este motivo, é preciso adequar da melhor forma possível, os sistemas apresentados no mercado às necessidades específicas de cada criatório. A criação de cavalos pode ser simplificada se usada a criatividade e o máximo dos recursos.
O comportamento do cavalo, que desde sua origem vagou livre pelas planícies, em grupos, cuja hierarquia apresentava um padrão de organização social, vai de encontro à necessidade que temos de separá-los em classes dentro do criatório. Não se pode criar cavalos em promiscuidade, pois existem problemas como os de controle de pastagens, controle nutricional e reprodutivo, e necessidades físicas individuais que nos forçam a separá-los ou agrupá-los de acordo com o manejo praticado.
A segurança dos animais no pasto está diretamente ligada ao sistema de cercas utilizado. Elas devem ser sempre feitas de material resistente e de alta visibilidade, para que possam ser facilmente vistas pelo animal, de dia e de noite. Sua altura pode variar entre 1.40 m e 1.70 m, de acordo com a classe de animais a ser contida.
Outros fatores como economia, durabilidade, praticidade e baixo custo de manutenção, aliados à questão da estética, também devem ser considerados durante a escolha de um sistema de cercas. Desta forma, e por existir uma diversidade de matérias-primas que permitem a construção de vários tipos de cercas - cujos custos podem ser compostos levando-se em conta a função de cada uma delas - o sistema a ser utilizado deve variar de acordo com as necessidades e disponibilidade de recursos de cada criatório.
A melhor cerca é aquela que cumpre com a função para a qual é destinada, com segurança, durabilidade, economia, praticidade e beleza. Dos principais sistemas adotados em nossos criatórios, destacamos e analisamos as vantagens e desvantagens dos mais utilizados, segundo os pré-requisitos acima descritos.
ARAME LISO
As cercas de arame liso são as mais populares em nosso criatório, muito utilizadas em pequenas e médias propriedades, tornaram-se a solução mais em conta para o cercamento, devido a seu custo bem acessível. Entretanto para se obter o máximo proveito desta economia, se faz necessária uma série de preocupações quando da sua montagem e manutenção. As cercas de arame liso devem ter sempre postes próximos e serem providas de balancins, de preferência de madeira, para que sejam mais seguras, dificultando o rompimento do arame, que significa perigo eminente para os animais. Os mourões que podem ser de madeira ou concreto (que apresentam uma maior resistência as intempéries), são enterrados a uma distância de no máximo 6 m um do outro. Nas esquinas devem ser reforçados para agüentarem o esticamento dos fios, feito por meio de torniquetes.
A baixa visibilidade do arame, que pode por si só causar acidentes, deve ser contornada usando-se artifícios como pintar o arame, com uma cor que o destaque ou envolvê-lo com tubo plástico. O tubo plástico além de tornar o arame visível diminui bem a possibilidade de cortes profundos em situações críticas onde o animal se encontra em dificuldade com a cerca.
A manutenção das cercas de arame é de importância fundamental para garantir a segurança dos animais. O arame não deve nunca perder a tensão, arrebentar ou simplesmente se soltar. E preciso muita atenção, e vistorias periódicas em toda a cerca ajudam a manter controle sobre seu estado geral.
Acidentes com cercas de arame liso não deixam boas histórias para serem contadas. Provocam ferimentos graves de um modo geral, cortes profundos, lesões nos tendões e membros, podendo invalidar o animal e algumas vezes levar até a morte.
MADEIRA
A cerca de madeira, sem dúvida, possui uma apresentação visual espetacular. Esteticamente é uma das mais belas que podemos utilizar. Brancas, marrons, cinzas ou pretas, de madeira tratada ou com troncos, são também um dos sistemas mais eficientes de cercamento. Recomenda-se que as madeiras sejam previamente tratadas e que apresentem alta resistência. Geralmente são usadas tábuas de madeira dura, que não lasquem com facilidade, e que tenham de 10 a 15 cm de largura por 3 cm de espessura. O número de tábuas e sua disposição dependerão da necessidade e disponibilidade do criador. Podendo variar entre 2 ou 4 tábuas, que devem ter os bordos arredondados. Os palanques devem ser externos, para evitar que algum animal se machuque quando apertado.
A cerca de madeira apresenta um considerável custo de montagem e manutenção, pois sofre desgaste com a ação do tempo e dos animais. Por ser altamente palatável costuma ser mastigada por animais com alguma carência alimentar, ou mesmo entediados. Este hábito deve ser evitado (usando-se substâncias pouco palatáveis na superfície da madeira podemos obter bons resultados), pois além de exigir uma manutenção das tábuas, oferece risco do animal, que se ingerir alguma farpa pode ter seu intestino perfurado.
Quando pintada de branco, exige outros gastos; animais sujos ou após a chuva, vão se coçar despropositalmente na cerca e transferem todo o barro de seus corpos para as tábuas, que precisam ser repintadas constantemente.
Muito menos agressivos que com as cercas de arame, os acidentes com cercas de madeira ocorrem quando tábuas soltas ou quebradas, pontas de madeira ou pregos e outras saliências se apresentam em seu interior. Em geral são cortes bem menos profundos que os provocados pelo arame, aranhões, mas que podem ser facilmente evitados se bem vistoriados.
NOVA ERA
Novas tecnologias têm sido usadas com sucesso no exterior, na fabricação de matérias-primas para cercas e na construção destas. Resinas, vinil e PVC se tornaram produtos utilizados no cercamento de cavalos. Estes materiais sintéticos de altíssima versatilidade vêm sendo usados separadamente ou em conjunto com os já tradicionais, revestindo madeiras e arame, solucionando os diversos problemas que estes materiais porventura apresentem. Assim, os fios de arame outrora de difícil visualização, ganham um revestimento de PVC branco ou de outra cor que os torna, além de visíveis belos e menos agressivos ao animal. Enquanto as madeiras resinadas deixam de ser palatáveis, chegando até a serem laváveis.
De um modo geral estes produtos não necessitam de manutenção. Alguns de seus fabricantes alegam custo de manutenção zero, oferecendo garantias que iniciam com prazos de dez anos, e se estendem por toda vida. Entretanto, seu custo é superior ao dos sistemas tradicionais, o que no pacote deve ser levado em conta conjuntamente às diversas vantagens e benefícios oferecidos pelo produto.
No Brasil já existem representantes de algumas marcas americanas. As cercas de vinil, resina e PVC preenchem bem a questão da estética, são muito seguras, e por isso permitem um maior espaçamento entre os mourões, são as mais duráveis que podemos encontrar. Laváveis, não sofrem ação do tempo, e começam a ser introduzidas este ano no país.
CERCAS MISTAS
Como já dissemos, a melhor cerca é aquela que cumpre com a função que é destinada, seguindo uma série de pré-requisitos. E podemos simplificar a criação de cavalos se soubermos usar da criatividade e o máximo dos recursos disponíveis.
Podemos conjugar madeira e arame ou madeira e PVC, ou mesmo PVC e arame de forma a obtermos resultados mais do que satisfatórios. Um exemplo é a fusão das cercas de madeira e arame, numa cerca com tábua na parte superior do mourão, seguida por 3 ou 4 fios de arame na parte de baixo. Desta forma conseguimos uma cerca mais segura e menos agressiva que a de arame, com a valorização das características de madeira, um custo consideravelmente menor.
Buscando agregar da melhor forma possível os materiais que se encontram a nossa disposição, podemos reduzir sensivelmente as desvantagens de alguns deles, ao mesmo tempo em que maximizamos seus benefícios, e os benefícios do conjunto. Assim as cercas mistas se tornam uma solução muito atraente, quando pensamos em segurança economia e versatilidade.
Fonte: Arquivo Revista Horse Business
Optar por um sistema de cercas, por mais simples que possa parecer, é fator de muita importância, exigindo atenção e cuidado do criador. Parte fundamental no manejo da criação, as cercas constituem um investimento, cujos custos e benefícios oscilam com as vantagens e desvantagens oferecidas pelos materiais empregados na sua construção. Por este motivo, é preciso adequar da melhor forma possível, os sistemas apresentados no mercado às necessidades específicas de cada criatório. A criação de cavalos pode ser simplificada se usada a criatividade e o máximo dos recursos.
O comportamento do cavalo, que desde sua origem vagou livre pelas planícies, em grupos, cuja hierarquia apresentava um padrão de organização social, vai de encontro à necessidade que temos de separá-los em classes dentro do criatório. Não se pode criar cavalos em promiscuidade, pois existem problemas como os de controle de pastagens, controle nutricional e reprodutivo, e necessidades físicas individuais que nos forçam a separá-los ou agrupá-los de acordo com o manejo praticado.
A segurança dos animais no pasto está diretamente ligada ao sistema de cercas utilizado. Elas devem ser sempre feitas de material resistente e de alta visibilidade, para que possam ser facilmente vistas pelo animal, de dia e de noite. Sua altura pode variar entre 1.40 m e 1.70 m, de acordo com a classe de animais a ser contida.
Outros fatores como economia, durabilidade, praticidade e baixo custo de manutenção, aliados à questão da estética, também devem ser considerados durante a escolha de um sistema de cercas. Desta forma, e por existir uma diversidade de matérias-primas que permitem a construção de vários tipos de cercas - cujos custos podem ser compostos levando-se em conta a função de cada uma delas - o sistema a ser utilizado deve variar de acordo com as necessidades e disponibilidade de recursos de cada criatório.
A melhor cerca é aquela que cumpre com a função para a qual é destinada, com segurança, durabilidade, economia, praticidade e beleza. Dos principais sistemas adotados em nossos criatórios, destacamos e analisamos as vantagens e desvantagens dos mais utilizados, segundo os pré-requisitos acima descritos.
ARAME LISO
As cercas de arame liso são as mais populares em nosso criatório, muito utilizadas em pequenas e médias propriedades, tornaram-se a solução mais em conta para o cercamento, devido a seu custo bem acessível. Entretanto para se obter o máximo proveito desta economia, se faz necessária uma série de preocupações quando da sua montagem e manutenção. As cercas de arame liso devem ter sempre postes próximos e serem providas de balancins, de preferência de madeira, para que sejam mais seguras, dificultando o rompimento do arame, que significa perigo eminente para os animais. Os mourões que podem ser de madeira ou concreto (que apresentam uma maior resistência as intempéries), são enterrados a uma distância de no máximo 6 m um do outro. Nas esquinas devem ser reforçados para agüentarem o esticamento dos fios, feito por meio de torniquetes.
A baixa visibilidade do arame, que pode por si só causar acidentes, deve ser contornada usando-se artifícios como pintar o arame, com uma cor que o destaque ou envolvê-lo com tubo plástico. O tubo plástico além de tornar o arame visível diminui bem a possibilidade de cortes profundos em situações críticas onde o animal se encontra em dificuldade com a cerca.
A manutenção das cercas de arame é de importância fundamental para garantir a segurança dos animais. O arame não deve nunca perder a tensão, arrebentar ou simplesmente se soltar. E preciso muita atenção, e vistorias periódicas em toda a cerca ajudam a manter controle sobre seu estado geral.
Acidentes com cercas de arame liso não deixam boas histórias para serem contadas. Provocam ferimentos graves de um modo geral, cortes profundos, lesões nos tendões e membros, podendo invalidar o animal e algumas vezes levar até a morte.
MADEIRA
A cerca de madeira, sem dúvida, possui uma apresentação visual espetacular. Esteticamente é uma das mais belas que podemos utilizar. Brancas, marrons, cinzas ou pretas, de madeira tratada ou com troncos, são também um dos sistemas mais eficientes de cercamento. Recomenda-se que as madeiras sejam previamente tratadas e que apresentem alta resistência. Geralmente são usadas tábuas de madeira dura, que não lasquem com facilidade, e que tenham de 10 a 15 cm de largura por 3 cm de espessura. O número de tábuas e sua disposição dependerão da necessidade e disponibilidade do criador. Podendo variar entre 2 ou 4 tábuas, que devem ter os bordos arredondados. Os palanques devem ser externos, para evitar que algum animal se machuque quando apertado.
A cerca de madeira apresenta um considerável custo de montagem e manutenção, pois sofre desgaste com a ação do tempo e dos animais. Por ser altamente palatável costuma ser mastigada por animais com alguma carência alimentar, ou mesmo entediados. Este hábito deve ser evitado (usando-se substâncias pouco palatáveis na superfície da madeira podemos obter bons resultados), pois além de exigir uma manutenção das tábuas, oferece risco do animal, que se ingerir alguma farpa pode ter seu intestino perfurado.
Quando pintada de branco, exige outros gastos; animais sujos ou após a chuva, vão se coçar despropositalmente na cerca e transferem todo o barro de seus corpos para as tábuas, que precisam ser repintadas constantemente.
Muito menos agressivos que com as cercas de arame, os acidentes com cercas de madeira ocorrem quando tábuas soltas ou quebradas, pontas de madeira ou pregos e outras saliências se apresentam em seu interior. Em geral são cortes bem menos profundos que os provocados pelo arame, aranhões, mas que podem ser facilmente evitados se bem vistoriados.
NOVA ERA
Novas tecnologias têm sido usadas com sucesso no exterior, na fabricação de matérias-primas para cercas e na construção destas. Resinas, vinil e PVC se tornaram produtos utilizados no cercamento de cavalos. Estes materiais sintéticos de altíssima versatilidade vêm sendo usados separadamente ou em conjunto com os já tradicionais, revestindo madeiras e arame, solucionando os diversos problemas que estes materiais porventura apresentem. Assim, os fios de arame outrora de difícil visualização, ganham um revestimento de PVC branco ou de outra cor que os torna, além de visíveis belos e menos agressivos ao animal. Enquanto as madeiras resinadas deixam de ser palatáveis, chegando até a serem laváveis.
De um modo geral estes produtos não necessitam de manutenção. Alguns de seus fabricantes alegam custo de manutenção zero, oferecendo garantias que iniciam com prazos de dez anos, e se estendem por toda vida. Entretanto, seu custo é superior ao dos sistemas tradicionais, o que no pacote deve ser levado em conta conjuntamente às diversas vantagens e benefícios oferecidos pelo produto.
No Brasil já existem representantes de algumas marcas americanas. As cercas de vinil, resina e PVC preenchem bem a questão da estética, são muito seguras, e por isso permitem um maior espaçamento entre os mourões, são as mais duráveis que podemos encontrar. Laváveis, não sofrem ação do tempo, e começam a ser introduzidas este ano no país.
CERCAS MISTAS
Como já dissemos, a melhor cerca é aquela que cumpre com a função que é destinada, seguindo uma série de pré-requisitos. E podemos simplificar a criação de cavalos se soubermos usar da criatividade e o máximo dos recursos disponíveis.
Podemos conjugar madeira e arame ou madeira e PVC, ou mesmo PVC e arame de forma a obtermos resultados mais do que satisfatórios. Um exemplo é a fusão das cercas de madeira e arame, numa cerca com tábua na parte superior do mourão, seguida por 3 ou 4 fios de arame na parte de baixo. Desta forma conseguimos uma cerca mais segura e menos agressiva que a de arame, com a valorização das características de madeira, um custo consideravelmente menor.
Buscando agregar da melhor forma possível os materiais que se encontram a nossa disposição, podemos reduzir sensivelmente as desvantagens de alguns deles, ao mesmo tempo em que maximizamos seus benefícios, e os benefícios do conjunto. Assim as cercas mistas se tornam uma solução muito atraente, quando pensamos em segurança economia e versatilidade.
Fonte: Arquivo Revista Horse Business
Por: Milene de Andrade Miranda