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Castrado: Muito mais cavalo

Mais barato que um reprodutor, de mais fácil manejo, ideal para montaria no esporte e lazer, atento e concentrado no trabalho.

Cavalo castrado, para muitas pessoas, está relacionado à perda de alguma coisa. Perda de valor comercial e da possibilidade de reproduzir. Porém, é preciso lembrar que, se por um lado ele perde, por outro ele ganha. Tudo depende do que o criador ou proprietário espera do cavalo. Existe o objetivo de se iniciar uma criação, de aprimorar raças, desenvolvendo e apurando linhagens através de cruzamentos planejados, assim como o desejo de simplesmente possuir e utilizar os animais para trabalho, esporte e lazer. Para esta última categoria, a dos usuários do cavalo principalmente, nada melhor que um cavalo dócil, de fácil manejo e que não exija custos elevados para a sua manutenção.

No caso dos pequenos e médios criadores, o que ainda se observa no Brasil, em todas as raças, é a dúvida se o potro vai se transformar num garanhão. E sabido que nem todo cavalo macho é um garanhão, um reprodutor, muito pelo contrário, é bem difícil se produzir um macho de escol, de alto valor genético. Sendo o papel de um reprodutor o de transmitir qualidades, características genéticas aos seus filhos, o animal tem que ser “de linha” para ser designado garanhão. É esse todo o sistema de uma criação, o processo de aperfeiçoamento e seleção de uma raça. Dentro desse raciocínio, todos os cavalos não destinados à reprodução deveriam ser automaticamente castrados. Entretanto, o que acontece hoje, não segue exatamente esse princípio tão simples e claro, justamente porque não há uma consciência mais nítida de que um potro, mesmo que não venha a ter filhos, vai se encaixar em outras categorias e já encontra atualmente um mercado bastante amplo para comercialização.

Enquanto na Europa e nos Estados Unidos castrar cavalos é prática natural para animais de qualquer raça, destinados a várias modalidades esportivas ou serviço, havendo um número exato de castrados registrados, no Brasil, que ainda está descobrindo as vantagens desse mercado, não existe sequer o controle disso junto às associações, com raras exceções. O que acontece é que no exterior, o comércio é voltado, principalmente para o consumidor final, que é o proprietário de animais de trabalho, esporte e lazer, e os mantém numa baia, no quintal de sua casa ou alojados numa pensão. Neste caso, éguas e castrados são mais fáceis de se manter. Mas, estamos descobrindo pouco a pouco as inúmeras vantagens, o mercado vai se rearranjando e demonstrando que a procura aumenta justamente em prol de cavalos prontos, domados, castrados.

O número de criadores é muito inferior ao número de usuários do cavalo. Acabou aquela “febre” de comprar garanhões, às vezes de linhagem não muito expressiva, por preços elevadíssimos, de querer produzir um número absurdo de matrizes no criatório. A seleção está muito mais rigorosa e, com isso, apenas os garanhões “de verdade” estão destinados à reprodução. O mercado para eles se mantém, não será alterado, pois sempre haverá quem crie. Em contrapartida, abriu-se espaço para os machos, para maior utilização dos castrados, que apresenta preços mais acessíveis. Isto é importante inclusive para equilibrar o mercado no que diz respeito a valores reais cobrindo o sistema de oferta e procura.

Para que possamos entender mais claramente as alterações fisiológicas e comportamentais do animal castrado, sabendo exatamente em que eles mudam, veterinários nos explicam todo o processo, enquanto vários criadores e usuários de cavalos descrevem as facilidades no manejo e as perspectivas da evolução mercadológica para categoria sela de cavalos castrados.


AS VANTAGENS

No esporte, o cavalo castrado de categoria sela substitui com vantagem o garanhão em qualquer modalidade. O animal não perde em resistência e nem em impulsão, mas ganha em maneabilidade. Um castrado criado em liberdade terá maior condicionamento físico natural do que um garanhão mantido na baia. O enduro requer do animal características que, difícil mente se encontram num cavalo inteiro. Entre elas está o fato dele ter que se sociabilizar com outros cavalos. Quando se vão medir os batimentos cardíacos, um cavalo inteiro demora muito mais para voltar ao normal, pois acaba sofrendo com maior intensidade as influências externas. E mais agitado, se incomoda com o barulho e principalmente com a presença de éguas. Fica com a respiração completamente alterada e torna-se difícil de ser controlada pelo cavaleiro. Quando se vai ultrapassar nas trilhas, geralmente estreitas, é necessário uma aproximação com outros cavalos e pode ser prejudicial para o controle do cavaleiro desgastando o garanhão. Além disso, gera muitas controvérsias, pois o cavaleiro sempre acha que o animal dele é o melhor e não admite que o cavalo inteiro pode criar problemas a qualquer momento. No resto do mundo, se um cavalo inteiro promove qualquer tipo de problema, é desclassificado no ato, por isso é que usam-se na grande maioria os cavalos castrados para o enduro.

Existem relatos de machos que depois de castrados renderam muito mais em desempenho, tanto no salto como em corridas. Há vários recordistas PSI que não tem progênie, e o curioso é que começaram valer suas campanhas só depois de castrados. Na Alemanha (1992) onde há uma das mais rigorosas seleções dos reprodutores, somente 3% foram aprovados sendo o restante castrados. Normalmente, um cavalo castrado será domado e utilizado em alguma modalidade de trabalho ou algum esporte. Na raça Appaloosa existe um bicampeão brasileiro de Laço ao Bezerro que é um cavalo castrado. Os campeões da Tevís Cup, nos Estados Unidos, são em sua maioria castrados. E estes são apenas alguns exemplos do que acontece nas modalidades esportivas.

Um cavalo castrado se presta a tudo, menos reprodução. Isto é, pode ser utilizado para a lida diária de qualquer propriedade ou para esportes como o hipismo, clássico ou rural, pólo, adestramento, etc. Faz todos os serviços que um inteiro faz, mas com a grande vantagem de ser tranqüilo e dócil, o que o torna mais fácil de manejar e montar. Quando montamos em garanhões temos que estar atentos o tempo todo, porque, por mais manso que ele seja uma hora ele se lembra que é um garanhão e a situação se complica. A grande vantagem de se castrar cavalos é que induz a urna melhor qualidade dos garanhões por haver uma maior seleção de reprodutores: um garanhão fraco não vale nada, enquanto que um cavalo castrado vale dez vezes mais. Um outro ponto, é que, com o aumento do uso de cavalos castrados há um crescimento do número de cavaleiros, e isso traz benefícios ao país que, ficando mais exigente dará mais importância aos seus cavalos ao mesmo tempo em que proporcionará melhores animais às culturas e gerações.


AS OPINIÕES

Na visão do industrial e criador de cavalos, Hamilton de França Leite, Diretor Secretário da ABCCRM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga), “na indústria existem as operações intermediárias onde são elaborados os produtos técnicos que vão se somando até chegarem ao fim da linha, onde se tem o produto final”. E complementa: “o produto final, no caso do cavalo, é um animal para ser usado, o cavalo domado, de sela ou trabalho e conseqüentemente o cavalo castrado.” Para Hamilton, houve um momento na indústria do cavalo em que se instalou uma distorção de valores por parte dos criadores. Na verdade, esse “momento” durou vários anos e o mercado ainda está um pouco atrelado a essa idéia. “Todos os criadores queriam fêmeas, queriam matrizes e garanhões. Quando nasciam machos no criatório a insatisfação era geral. O que é que vamos fazer com esses potros todos?”

O criador e veterinário, João Junqueira Fleury, comenta que atualmente, “um potro macho, de linhagem não muito valorizada, não tem comércio algum, sendo em muitas ocasiões oferecidos de presente para desocupar o pasto”. “Mas, se esses potros forem bem criados, alimentados, manejados e domados, poderão alcançar bons preços. Assim, o criador pode avaliar as reais características de seus animais no trabalho. No Brasil, não é comum castrar cavalos, principalmente devido ao fato de termos um número muito grande de animais de qualidades zootécnicas inferiores. Acredito que muitos potros que nós castramos poderiam trazer benefícios genéticos para vários plantéis. Porém, é necessário continuar fazendo uma seleção rigorosa, castrando animais de nível fraco e médio. Quanto aos animais de nível bom, devemos deixá-los inteiros até os quatro anos de idade, para procurarem uma colocação melhor em um plantel onde possam utilizá-los com vantagens. Num plantel onde se tem como objetivo a seleção de reprodutores, é preciso deixar apenas os animais ótimos.”

Para o leiloeiro Djalma Barbosa de Lima, “às vezes observamos cavalos que já estão em idade de serem castrados e ainda não foram, justamente pela insegurança do criador que vê um animal bonito, de boa movimentação e continua hesitando: ‘quem sabe ele poderá ser um padreador também, e assim eu conseguirei melhor preço por ele’. Quem vai comprar também fica na dúvida, na expectativa, prefere ainda comprar um animal vistoso e que possa ser um garanhão”. “Acredito que essa hesitação não deveria mais existir, porque já está comprovado que nós temos um grande mercado consumidor, de usuários do cavalo, e esse mercado quer um cavalo que já venha pronto, domado e castrado.”

O publicitário e criador, Bjarke Willi Rink, diz que “no Brasil há certa resistência em se castrar cavalos”. “Há um raciocínio antropomórfico rondando a prática. Fazem uma transferência pessoal com a idéia. O machismo também influi - homem que é homem domina o macho de igual para igual. Dá status montar um cavalo inteiro. A prática da castração faz parte de uma cultura eqüestre mais desenvolvida, a qual a maioria ainda não chegou.”

Na opinião do médico veterinário Claudio D’Amorim, “hoje em dia castra-se mais cavalos que há alguns anos atrás, mas esse aumento ainda não foi suficiente para que haja um mercado inteiramente consolidado”. “Pode-se dizer então que o nosso país está amadurecendo devagar nesse sentido, principalmente com relação aos Estados Unidos e Europa, onde há um mercado bem maior para cavalos castrados devido a uma mentalidade avançada.”

“Há mais ou menos seis anos atrás, o macho era o ‘mico’ da raça”, diz Clodoaldo Antonangelo, Presidente da ABCCRM. “Hoje, tem gente trocando duas fêmeas por um macho. Agora, quando nasce um macho, já se sabe que há mercado para ele, porque a funcionalidade do cavalo foi divulgada e valorizada. Muitos querem o cavalo castrado para o esporte, lazer e trabalho, Na minha fazenda só tenho cavalos castrados trabalhando com os bois’ é sem dúvida muito mais econômico.”

“Um garanhão numa prova de enduro acaba sendo um cavalo complicado. Cria problemas para o proprietário desde o transporte, alojamento, até o decorrer de toda a prova e finalização com a avaliação. O cavalo inteiro é mais agitado e sujeito à desatenção devido a falta de sociabilidade com os demais animais concorrentes. Para Homero Pires Diacópulos, Diretor da Verdes Eventos, é aconselhável e mais adequado que se castre os animais para participarem dessas provas.

Na opinião do criador Frederico Cioffi, “mercado de cavalo castrado é sinônimo de cavalo de serviço e esporte. O cavalo castrado trabalha melhor do que o cavalo inteiro, pois este sofre a inconstância de cheiros. Um exemplo: tem uma égua no cio do outro lado do parque de exposições e a reação do cavalo, por mínima que seja, interfere no desempenho dele ao fazer uma prova”.


COMO E QUANDO CASTRAR

Antes de tudo, é preciso discutir o porquê de se castrar cavalos. O primeiro e principal motivo pelo qual se castra um cavalo é o financeiro, já que o manejo para um garanhão é multo mais caro do que para um cavalo castrado. Vale ressaltar que a porcentagem de machos habilitados genética e morfologicamente a reproduzirem é muito baixa. Sendo assim, o caminho natural para a amortização de custos e a castração. Aconselha-se a castração de machos que não tenham características raciais satisfatórias, pois assim eles não transmitiriam esses caracteres à sua prole, ao mesmo tempo em que dá a chance de um garanhão previamente selecionado ter maior número de filhos também selecionados, melhorando desta forma o padrão racial. Muitos proprietários acreditam que o seu garanhão é um ótimo reprodutor, quando na realidade é inferior a muitos outros. Uma das maiores causas do insucesso de criadores é exatamente o fato de acreditarem nisso e continuarem na utilização desse animal. Se ele castrasse logo esse cavalo, diminuiria em muito os seus prejuízos.

A correta avaliação de um garanhão é muito importante. Um garanhão ruim, que traz prejuízos e dá trabalho no haras, às vezes pode-se sair um excelente cavalo de serviço; bonito, fácil de manejar e que traz prazer aos passeios de fim-de-semana com os filhos, bem como se adequa perfeitamente na lida da fazenda. Na Associação do Mangalarga, essa avaliação é feita de forma criteriosa e auxilia em muito a decisão dos criadores inseguros. O sistema de registros é feito da seguinte maneira - explica o Superintendente do Serviço de Registro Genealógico da ABCCRM, João Batista da Silva Quadros - o animal ao nascer recebe, desde que se confira a data de cobertura e os seus pais, um certificado de registro provisório. Quando ele atinge a fase adulta, ou seja, a partir dos 36 meses de idade, tem que ser submetido a um registro definitivo. A Associação envia um técnico à propriedade que submete o animal a um exame morfológico e dinâmico. De acordo com o desempenho e características desse animal, ele recebe urna pontuação. No caso específico dos machos, é considerado um reprodutor o animal que atingir uma pontuação acima de pontos. Os que obtiverem pontuação inferior a 75, têm que ser “obrigatoriamente” castrados, para que possam então receber o certificado de registro definitivo. “Isto porque os criadores consideram, com toda razão, que devem permanecer na reprodução apenas aqueles animais de alto gabarito, e castram os animais porque realmente existe um bom mercado para castrados, principalmente no Mangalarga”, diz João Batista.

Há várias correntes que indicam o melhor momento para se castrar um cavalo, Existem os veterinários que preferem castrar por volta dos três anos, pois nessa idade o cavalo já estará em fase final de crescimento e, portanto, com as suas características definidas, praticamente prontas, ao passo que, se castrar precocemente, ele diminuirá seu crescimento e guardará sempre aquelas características de potro. Por outro lado, se castrar um cavalo tardiamente, haverá um engrossamento do cordão espermático, aumentando assim a irrigação testicular, além de ser ter um aumento da libido daquele animal, o que dificulta uma adaptação à vida pós-castração.

Antes de se descrever o processo cirúrgico da castração, é importante salientar que é conveniente que o animal esteja imunizado contra tétano, e que mesmo assim, é necessário se aplicar uma ampola de soro antitetânico no dia da cirurgia. E também importante observar que o cavalo a ser castrado esteja com os dois testículos na bolsa. Há algumas técnicas que são utilizadas para castração, porém, a mais empregada é a seguinte: com o animal previamente tranqüilizado, procede-se a derrubada manual ou com anestésico geral. Uma vez no chão, esse animal é amarrado em decúbito lateral, fazendo com que ele fique quase totalmente com a barriga para cima. Após a desinfecção do local, faz-se uma incisão na pele e nas túnicas que se seguem, sempre com o cuidado de forçar com os dedos o testículo para fora, de maneira que, quando incidirmos na última túnica, o testículo será automaticamente exposto. Feito isso, procede-se a uma divulsão do cordão a ser emasculado. O emasculador deve ser colocado com cuidado e de forma correta. Então se faz a emasculação do cordão por dois a três minutos quando se solta o emasculador e observa-se o coto restante para certificar-se de que não há hemorragia. Procede-se da mesma forma com o outro testículo, restando no final as duas feridas que deverão ser cuidadas a partir daquele momento com desinfetantes apropriados, como mertiolate e permanganato de potássio, por exemplo. Deve-se soltar o animal e deixar que ele se levante, quando então iniciamos uma atenta observação para constatar se há sangramento das feridas, bem como as primeiras reações do animal.

E necessário lembrar que o pós-operatório de uma castração é muito importante e dele depende o sucesso da cirurgia. Esse pós-operatório consiste de observação diária do animal, exercício leve, aumentando gradativamente, fazer ducha na região inflamada e fazer o curativo propriamente dito, tomando o cuidado de “desembolsar” bem as feridas, retirando coágulos, líquidos e tecidos que ali ficam retidos. Feita a desinfecção das feridas, aplica-se um repelente de insetos e se solta o animal até o dia seguinte quando deve-se repetir o procedimento e, assim por diante, até o fechamento total das feridas. Apesar de a castração ser muito “praticada” por pessoas não habilitadas, até com relativo êxito, não aconselhamos a utilização dos chamados “práticos”, já que sempre há em qualquer cirurgia a chance de complicação, e essas pessoas nem sempre estão capacitadas a resolver esses problemas.


FÍSICO E COMPORTAMENTO

A diferença visual entre um cavalo inteiro e um castrado resume-se na presença dos testículos na bolsa escrotal do garanhão a partir dos 18 meses de idade, em média, e principalmente no comportamento desses cavalos que são mais fogosos e indóceis que os castrados, devido a presença de hormônios masculinos em seu metabolismo.

Fisicamente notamos que o cavalo castrado fica mais calmo e portanto menos estressado, perdendo gradativamente o interesse sexual, passando a se alimentar melhor e tendo um ganho de peso acentuado, com um comportamento cada vez mais pacato. O instinto sexual do animal castrado vai diminuindo aos poucos até que termine a quantidade de testosterona circulante, quando ele perde então a capacidade de fecundar. Esse tempo levará em média de 30 a 90 dias, sendo que, após esse tempo a probabilidade de fecundação a praticamente zero, apesar de alguns animais permanecerem com a libido ativa por muito tempo, sendo aptos ainda durante um período, mesmo castrados, a detectar cios e fazer montas em éguas sem que isso causa algum prejuízo a ambos.


IMPORTÂNCIA E CONSCIENTIZAÇÃO

Sempre é necessário que as crises se manifestem para que o mercado possa se reavaliar e se reposicionar, assumindo novas posturas e reestruturando valores. Quando se começou a comentar o “fenômeno” cavalo de função e a idéia passou a alcançar a mentalidade do criador, que já sentia a necessidade de um escoamento do plantel, começou-se a falar em usuário de cavalo, em incrementação de um mercado para o cavalo de sela, de esporte e serviço. Isso tudo veio se avolumando e se desenvolvendo até o ponto em que surgiu mais claramente a necessidade de atender a uma demanda de cavalos preparados, domados e prontos para o consumidor final que exige preços mais acessíveis. Dentro deste conceito, o mercado de cavalos castrados tem toda a tendência de se expandir, fortalecendo-se e apresentando-se como o mais sensato produtos de comercialização para os próximos anos até que o mercado, naturalmente venha a modificar seu andamento.

Se todos gostassem do vermelho o que seria do amarelo? Se todos os machos fossem garanhões e todo mundo resolvesse só criar, produzir e não utilizar cavalos, o que seria da qualidade e da quantidade do rebanho eqüino nacional? Trata-se apenas de uma conscientização, onde apreciadores de cavalos definem o que desejam e esperam desses animais. Cavalo castrado, “categoria sela” é fundamental para a popularização de uma raça multifuncional. Por ser mais barato do que o reprodutor e ser de mais fácil manejo e equitação, acabará tendo maior penetração no mercado do que um garanhão. O bom cavalo de sela, de esporte e de trabalho dá prestígio e estimula a criação da raça à qual pertence.


Colaboradores: Bjarke Willi Rink, Djalma Barbosa de Lima, Homero Pires Diacópulos, Clodoaldo Antonangelo, Hamilton de França Leite, João Batista da Silva Quadros,

Frederico Cioffi, 1k. João Junqueira Fleury e Dr. Cláudio Alves de Amorim.

Fonte: Arquivo Revista Horse Business
Por Mara Iasi

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