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O encantador

Quem me conhece sabe que sou contra o rótulo “encantador”. Seja de cavalos, seja de qualquer outra coisa, acredito mais na competência técnica e no estudo através de vivencias práticas do que propriamente “dons” como o termo encantador tenta passar às vezes.

Na ultima semana comprei o livro “O Encantador de Cães”, de autoria de Cesar Millan e Melissa Jo Peltier, Editora Versus. Assisto ao programa de Cesar Millan frequentemente, não por ser um apaixonado por cães, mas principalmente por entender que faço com os cavalos o que ele faz com cães, e mais, assisto para analisar como ele se relaciona e lida com os proprietários dos cães que atende. Enfim, gosto da forma como ele trabalha cães e seus proprietários, e tento colocar em pratica o que aprendo com ele. Lendo o livro, encontrei um parágrafo sobre os cães chamados inseridos na sociedade moderna, ou os cães “urbanos”.

O trecho diz “...os cães de hoje, na sociedade moderna, demonstram uma carência singular...os cachorros da nossa sociedade desejam ter o que a maioria dos cães que vivem soltos tem: a possibilidade de simplesmente ser cães, de viver em uma matilha estável e equilibrada. Nossos cães lidam com um problema desconhecido para muitos cachorros mundo afora: a necessidade de “desaprender” os esforços bem-intencionados, mas destrutivos, de seus donos para transformá-los em pessoas com quatro patas e pelos...”

Caros amigos, a palestra que mais dou nos últimos anos chama-se “Comportamento Natural de Cavalos e o Relacionamento com o Ser Humano”. Lá pelas tantas, falo exatamente o que Cesar Millan diz sobre os cães. Vejamos, se trocarmos as palavras “cachorros” e “cães” por “Cavalos” e “eqüinos”... “...os Cavalos de hoje, na sociedade moderna, demonstram uma carência singular...os Cavalos da nossa sociedade desejam ter o que a maioria dos equinos que vivem soltos tem: a possibilidade de simplesmente ser cavalos, de viver em uma manada estável e equilibrada. Nossos cavalos lidam com um problema desconhecido para muitos equinos mundo afora: a necessidade de “desaprender” os esforços bem-intencionados, mas destrutivos, de seus donos para transformá-los em pessoas com quatro patas e pelos...” Perfeito, não? Vale a pena ler o livro e aprender mais sobre os animais...

Aluísio Marins, MV
Universidade do Cavalo
www.universidadedocavalo.com.br

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